O Centro Acadêmico de Medicina Aluízio Bittencourt De
Albuquerque repudia veementemente a abertura do edital de número
101/2020-PROG/UEMA que abre o processo de revalidação dos diplomas médicos.
Nós compreendemos a situação em que a saúde pública se
encontra atualmente, porém, como representantes da classe que trabalha dia e
noite contra a pandemia do novo coronavírus, demonstramos, por meio dessa nota,
imensa preocupação com o processo de seleção e revalidação de profissionais
formados no exterior devido aos seguintes motivos:
1. Não
haver garantia de estágio curricular de qualidade necessária ao enfrentamento
da pandemia. A própria secretaria de saúde do Maranhão suspendeu toda e
qualquer atividade de estágio em cursos de saúde diante da necessidade de
controle da quarentena e garantia de maior produtividade de profissionais de
saúde.
2.
Processo seletivo precisa de prova!
3.
Considerar que a decisão fere o artigo 5º da Constituição e a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação que proíbem a atuação de médicos não revalidados e sem CRM.
4. A
própria UEMA conta com alunos de medicina que tiveram seu processo de colação
de grau impedido, apesar da carga horária necessária cumprida, sob
justificativa da própria Universidade em não possibilitar apresentação de
trabalhos de conclusão de curso. Além disso, mesmo diante de processo judicial
movido por esses alunos a fim de garantir a conclusão e fornecimento de diploma,
a UEMA não tem fornecido informações solicitadas ao juiz encarregado do
processo. Estão precisando de mais médicos? Agilizem a formação dos próprios
acadêmicos da UEMA!
5. Por
fim, repudiamos também a postura do governador Flávio Dino por desvalorizar os
profissionais médicos há anos, atrasando por meses o pagamento dos seus
salários. Configurando um cenário não atrativo para médicos brasileiros atuarem
em um estado que tanto precisa de auxílio em saúde.
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