A Justiça condenou o
Estado do Maranhão a indenizar a família do médico Luiz Alfredo Netto Guterres
Soares Júnior, morto no dia 9 de novembro de 2014, durante assalto em sua residência no
Jardim Eldorado, em São Luís. A indenização de mais de R$ 1,5 milhão considera
valores para a viúva e os três filhos a vítima, além de uma pensão vitalícia
mensal de R$ 29 mil. Por ter sido condenação em primeira instância, ainda cabe
recurso ao Estado.
A época do latrocínio, o
médico era diretor do Hospital Estadual do Câncer do Maranhão (antigo Hospital
Geral). Para chegar aos valores, juiz Marco Aurélio Barreto Marques, da 4ª Vara
da Fazenda Pública considerou o salário que o médico recebia quando foi morto.
"Decorria de tanto
um comprovado rendimento anual de R$ 350.486,87 (trezentos e cinquenta mil
quatrocentos e oitenta e seis reais e oitenta e sete centavos), ou R$ 29.207,23
(vinte e nove mil duzentos e sete reais e vinte e três reais), mensais, que,
medianamente, se esperaria que perdurasse até o momento em que o renomado
médico atingisse os 70 (setenta) anos de idade", declarou.
No despacho, o magistrado
disse que “no presente caso, é inconteste a existência de dano moral, que está
consubstanciado na dor, sofrimento, angústia, presumíveis em ocorrências dessa
natureza, não sendo razoável supor que as partes Autoras tenham passado
incólume, intrinsecamente, após ter perdido seu pai e marido assassinado dentro
de sua própria residência”.
O crime aconteceu em uma
manhã de domingo, quando o médico retornava para casa. Segundo apontou a investigação da polícia, quatro homens armados
participaram do latrocínio. O médico teria sido abordado pelos assaltantes e
reagido para defender parentes que estavam na casa. Houve então uma luta
corporal com um dos criminosos. A vítima acabou baleada no pescoço e morreu
dentro da residência.
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