De
acordo com o delegado Antônio Ricardo, diretor do Departamento Geral de
Homicídios da Polícia Civil, dois vigilantes que também estavam no supermercado
e acompanharam toda a situação estão sendo investigados por omissão de socorro
e também podem responder por homicídio culposo. Isso, segundo ele, porque eles
estavam no local como “garantidores”.
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Segurança segura suspeito em
supermercado na Barra — Foto: Reprodução/Redes Sociais
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“Eles estão sendo investigados por
omissão de socorro, mas também poderão responder por homicídio culposo já que
eram agentes garantidores naquela situação”, disse o delegado Antônio Ricardo.
Os dois vigilantes eram esperados
na manhã desta terça-feira (19) na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca,
na Zona Oeste do Rio. A polícia tenta identificar ainda um terceiro vigilante
que também aparece nas imagens.
“Nós estamos tentando identificar
pela análise das imagens, pelo coturno dele que aparece. Ele também será
chamado pra prestar depoimento”, explicou Antônio Ricardo.
Pedro Gonzaga foi morto após levar um "mata-leão" de um segurança dentro
do supermercado Extra na Barra da Tijuca. Imagens que circulam em redes sociais
mostram o vigilante Davi Amâncio em cima do jovem, já aparentando estar
desacordado. Pessoas no entorno tentam convencer o segurança a liberá-lo, em
vão.
O vigilante tem pelo menos outras três passagens pela polícia e poderá
responder por homicídio doloso. Além de ter agredido a ex-companheira na frente
dos filhos, Davi Ricardo Moreira Amâncio também responde por lesão corporal
culposa e porte ilegal de arma.
Segundo o advogado da família do rapaz
morto, a expectativa é que Davi responda por homicídio doloso. “ Não há
qualquer justificativa que ampare a conduta do segurança. Ele agiu com dolo
extremo. Ao promover a contrição na área do pescoço, onde temos a artéria
aorta, responsável por levar o sangue até o cérebro, ele assumiu o risco de
provocar a morte da vítima” - Marcello Ramalho, advogado da família da vítima.
O caso envolvendo a lesão corporal
culposa ocorreu em 2012, quando o segurança se envolveu num atropelamento com
moto. Amâncio não tinha habilitação específica para conduzir o veículo. A outra
ocorrência é do ano passado, quando numa blitz o vigilante e outros dois homens
foram flagrados com uma arma que não era dele.
A agressão à ex-companheira ocorreu
em fevereiro de 2015, quando ele agrediu a mulher com vários socos na frente
dos filhos durante uma discussão motivada por ciúmes. Por esse caso, ele foi
condenado, em 2017, a três meses de prisão.
Ter sido condenado impediria
Amâncio de trabalhar como segurança, mas, como foi contratado em maio de 2017,
sete meses antes da condenação, a Polícia Federal só iria rever a situação no
curso de reciclagem, em maio deste ano.
Fonte: G1. COM
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